REFORMA PSICOLÓGICA

sexta-feira, 8 de maio de 2020

FICA EM CASA É O CARALHO!


Por Rogério de Camargo.

 

Essa é a frase que se encontra entalada na garganta de milhares brasileiros descontentes e desamparados pelos governadores e prefeitos do nosso país. Onde já se viu decretar um lockdown sem ao menos procurar de antemão aplicar uma estratégia para combater a pandemia causada pelo covid-19(?). Ademais!, um lockdown atrasado, pois na Grécia o primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis, de 56 anos, tomou a iniciativa rapidamente quando o primeiro caso de coronavírus foi confirmado no país, no dia 26 de Fevereiro. Diversos eventos foram cancelados no país incluindo o carnaval.

Vale lembra que a Grécia é o quarto país com maior população de idosos da Europa (152,5) de acordo com o site “pordata.pt”, ficando em primeiro lugar a Itália (171), em segundo a Alemanha (158,5) e em terceiro Portugal (157). Esses são os países que têm mais idosos por 100 jovens.

Isso prova a incapacidade, o despreparo e até mesmo a falta de competência por parte desses “gestores”. Logo, o primeiro caso de coronavírus detectado aqui no Brasil foi no dia 23 de janeiro anunciado pelo Ministério da Saúde no dia 02 de fevereiro de 2020 de acordo com o site Estadão. Sendo assim, de imediato os governadores e prefeitos deveriam ter tomado as medidas cabíveis cancelando diversos eventos (o carnaval, por exemplo), viagens etc. Agora, aplicam um lockdown horizontal, porém deixam a desejar nos testes em massa para poder combater o vírus. Enquanto governadores e prefeitos brincam de gestão, diversas vidas são ceifadas não por conta do covid-19 expressamente dito, mas sim, por causa da incompetência desses “gestores”.

 

 

 


domingo, 12 de abril de 2020

GESTÃO DEMOCRÁTICA, ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR E OUTROS EQUÍVOCOS


Por Rogério de Camargo.


Em questões administrativas é imprescindível saber que uma gestão se faz necessária seja em qual campo for. As concepções de ter ou não ter um diretor não cabe a esse responder se é viável ou não, ou, se deve substituir o diretor por dois ou mais coordenadores, o fato é que estão querendo trocar seis por meia dúzia e o problema real que afeta as instituições educacionais e principalmente os alunos não será resolvido.
Um dos principais motivos é que as pessoas dão muita atenção a pseudos intelectuais e as ideias caducas dum pseudos educador chamado Paulo Freire, pois, vale lembrar que essa ideia de “Democratização das Escolas” é uma ideia exclusivamente dele e que até hoje isso nunca deu certo.
O prof. Vitor Henrique Paro[1] no começo do vídeo ao se referir a questão administrativa da escola se equivoca ao pensamento das pessoas induzindo-as a aceitarem sua conclusão ao nosso respeito, ao menos para esse, administração escolar não tem a ver com submissão e obediência – uma vez que isso deva fazer parte dentro dum processo administrativo seja onde for –, mas sim, administração escolar esta mais relacionado a processo burocrático e principalmente em alienação escolar como bem disse Ivan Illich em “Sociedade Sem Escola”.
A escola assim como outras organizações – organizações aos quais esse não quer citar ou entrar em detalhes para não se estender muito – tem como objetivo principal a alienação e não a formação dum pensamento crítico como por milhares de vezes temos ouvido dizer. E, é por esse e outros motivos que, esse, corrobora com o pensamento de Ivan Illich duma “Sociedade Sem Escola”.
Confere o que diz o Sr. Illich a esse respeito:


A escola não é, de forma alguma, a única instituição moderna que tem por finalidade primordial bitolar a visão humana da realidade. O secreto currículo da vida familiar, do recrutamento militar, da assistência médica, do assim chamado profissionalismo, ou dos meios de comunicação de massa têm importante papel na manipulação institucional da cosmovisão humana, linguagem e demandas. Mas a escola escraviza mais profunda e sistematicamente, pois unicamente ela está creditada com a função primordial de formar a capacidade crítica e, paradoxalmente, tenta fazê-lo tornando a aprendizagem dos alunos — sobre si mesmos, sobre os outros e sobre a natureza — dependente de um processo pré-empacotado. A escola nos toca tão de perto que ninguém pode esperar ser dela libertado por meio de outra coisa qualquer.[2]


Esse tem ouvido dizer por inúmeras vezes e por diversas pessoas que a função da escola é ensinar, logo, a conclusão que é possível chegar é que se quer esse foi o objetivo central da escola, pois eles mesmos – os agentes – conseguem compreender o que de fato estão fazendo.


[2] ILLICH, Ivan. 1926-129s Sociedade sem escolas: trad. de Lúcia Mathilde Endlich Orth. Petrópolis, Vozes, 1985., p. 60.


FORMADORES DE OPINIÃO


Por: Rogério de Camargo.


É impossível negar a inépcia da grande maioria dos universitários a esse respeito – pesquisa –, pois se quer sabem como isso deve ser executado, entretanto o que se vê é um apanhando de enrolações na hora de executar uma pesquisa seja ela o que for. Bom, as universidades não ensinam sistematicamente como fazer isso e a grande maioria dos alunos se quer tem o interesse em aprender essa “joça”, logo, é exatamente isso que a pesquisa se torna para esses “estudantes”, uma “joça”. Só para título de informação, joça, diz respeito a algo ruim, sem importância ou sem valor, basta consultar qualquer dicionário da língua portuguesa e você verá essas informações. Entretanto, se joça diz respeito a algo sem valor algum, a pesquisa, de forma alguma, não pode ser uma joça, pois é através dela que será possível obter um resultado científico do objeto de pesquisa. E para que isso seja possível de ser realizado entra nesse contexto a METODOLOGIA, outro bicho de sete cabeças, não pare esse que vos fala, pois uma metodologia é exatamente do que uma pesquisa cientifica precisa, logo, sem uma metodologia não existe pesquisa, só mesmo enrolações, achismos e um monte de assunto sem pé nem cabeça. 

Vejamos o que diz o professor Olavo de Carvalho sobre MÉTODO:


Um método é um conjunto de proposições auto-evidentes[1] (ou provadas com base nelas) que delimitam um objeto e os meios de conhecê-lo. O bom método não define o seu objeto, mas recebe essa definição de uma prévia descrição fenomenológica[...].[2]


É exatamente daí que se deve ensinar sobre pesquisa e tantas outras coisas mais – “Como podemos pensar o papel da pesquisa na educação básica?” –, pois é na tenra idade que se deve educar e não marmanjos que pensam que sabem o que estão falando ou fazendo, quando não, acreditam estar com a razão sem nunca terem lido um livro se quer a respeito do assunto. Entretanto, para que isso seja possível necessitaríamos de profissionais engajados nesse assunto, porém os profissionais da área de pedagogia se quer estão preparados para tal responsabilidade, pois os professores do futuro são esses mesmos que estão se formando nos dias de hoje. Precisaríamos para tal façanha de profissionais mais capacitados para que tenhamos uma nova geração de pesquisadores, cientistas e seja lá o que for. Entretanto, os influenciadores desse século não estão com essa bola toda não.

Por fim, pensamos num nada instruindo um vazio, um “profissional” da área da “educação” que se formou em pedagogia que se quer conhece do assunto que irá ensinar... “pesquisa(!)”... uma pessoa que durante o ano em que fazia faculdade só pensava em escrever qualquer assunto em seus relatórios só para não ficar sem nota e sem presença – “encher linguiça”, como esse muito tem ouvido. E no final das contas será responsável por ensinar as crianças que serão futuramente tão estupidas quanto seu professor(a) ou será que o discípulo superará o seu mestre?


[1] Esse, preferiu deixar a palavra auto-evidentes escrita da forma original de acordo com a fonte: https://olavodecarvalhofb.wordpress.com/2017/08/22/metodo-nas-ciencias-sociais/ acesso em 06. Novembro, 2019. Entretanto, vale ressaltar que de acordo com a nova regra ortográfica entrou em vigor desde 01. Janeiro, 2016: https://pgl.gal/acordo-ortografico-entra-em-vigor-no-brasil/. Regra essa que na opinião desse muitas palavras não têm sentido algum em ter tirado o hífem.

AUTOFAGIA JORNALISTICA[1]


Por: Rogério de Camargo.

“O hábito de só escrever nos jornais aquilo que se lê nos jornais, num perpétuo e claustrofóbico ouroboros[2] (des)informativo. Asinum asinus fricat (“o asno afaga o asno”), como ensina o velho provérbio latino”.[3]

Temos que ter o extremo cuidado ao consumir informações “jornalísticas”, pois, em sua maioria, os jornalistas são detratores de informação e, os leitores que acabam consumindo certas “informações” acabam que sendo idiotizados por essa classe falante. Vejamos, como por exemplo, um caso que aconteceu nos EUA, e que repercutiu aqui no Brasil, onde um adolescente negro foi morto por um vigia. Ao ligar para a polícia, antes de seguir o jovem, o vigia chamado Zimmerman teve o seguinte diálogo com o policial:



ZIMMERMAN: Esse cara não parece estar bem-intencionado. Ou está drogado ou algo do tipo. Está chovendo e ele fica só perambulando, como se procurasse alguma coisa.

POLICIAL: Certo. E esse sujeito – ele é negro, branco ou hispânico?

ZIMMERMAN: Parece negro.



Entretanto, como de costume pela impressa que gosta da desinformação e do “politicamente correto” passou a informação da seguinte maneira:



De posse da gravação, a rede de televisão NBC, a fala de Zimmerman transformou-se em: “Esse cara não parece estar bem-intencionado. Parece ser negro”.
Fica claro que, originalmente, o aspecto racial não havia sido introduzido por Zimmerman, mas pelo policial. No entanto, a emissora não hesitou em fazer de Zimmerman um racista, introduzindo, de maneira artificial e espúria, um sério agravamento ao crime por ele cometido.
Após a farsa ter sido revelada, a NBC emitiu uma nota de desculpas, qualificando o caso, mui convenientemente, de mero “erro de produção”. Mas, àquela altura, a irresponsabilidade criminosa da emissora já havia produzido um estrago. Os PCs [Politicamente Corretos] ficaram histéricos, fazendo do incidente um cavalo de batalha. Neste momento, o leitor poderia sentir-se tentado a perguntar: mas o jornal O Globo terá publicado a falsificação e o pedido de desculpas da NBC? A resposta deveria ser óbvia para aqueles que conhecem minimamente o ambiente cultural em que estamos vivendo: não.[4]


Essa é a classe falante que tem influenciado a grande maioria da população brasileira, pelo menos, os que consumem essas informações “jornalísticas”. Sinto lhes dizer que, esse, ao consumir certas informações, a princípio, procura analisar seu contexto, pois, já conhece de cor e salteado o mal caráter que são esses “formadores de opinião”.
Sinto muito ter que fugir um pouco do contexto que este fórum nos apresenta, porém, quando se fala de fontes “jornalística” devemos tomar um mínimo de cuidado.




[1] Termo criado pelo jornalista e professor da USP, Rolf Kuntz, o vício de só escrever nos jornais aquilo que só se lê nos jornais.
[2] Ouroboros do Grego antigo οὐρά significa "cauda" e βόρος, que significa "devora".
[3] GORDON, Flávio. A Corrupção da Inteligência, intelectuais e poder no Brasil, p. 73, 10° ed. Rio de Janeiro, Record 2019.
[4] Cf: GORDON, Flávio. A Corrupção da Inteligência, intelectuais e poder no Brasil, p. 127,8, 10° ed. Rio de Janeiro, Record 2019.

GESTÃO DEMOCRÁTICA E SUA INVERSÃO


Por: Rogério de Camargo


A princípio, o que levou a escola municipal Hélio Walter Bevilacqua – estabelecida na cidade de São José dos Campos, interior de São Paulo – a uma “Gestão Democrática” foi precisamente a reclamação dos alunos, apoiados pelos seus pais e ouvido pela coordenação da escola a respeito da retomada da sala de leitura. Esse foi o ponto crucial. Os alunos incentivaram a volta da biblioteca na escola juntamente com a colaboração dos pais.
Para esse, para que haja cada vez mais uma “Gestão Democrática” nas instituições escolares devia primeiramente excluir as obrigações. Pois, se há uma obrigação a ser cumprida, portanto, não existe “Democracia”. Logo, como diria Simone Weil: “um direito não é algo que exista em si, é apenas o efeito da obrigação”.
Se referindo a ideia de Democracia, Olavo de Carvalho disse:


Proclamar um direito sem definir o titular da obrigação correspondente é cuspir bolhas de sabão, é fingimento histérico. Foi por isso que Deus ditou a Moisés Dez Mandamentos, dez obrigações, não dez direitos. Mas, quando o Rei Luís XVI disse que A Declaração dos Direitos do Homem nada seria sem uma Declaração dos Deveres, cortaram-lhe a cabeça. A democracia começou tomando uma consequência como princípio e matando quem percebesse a inversão.
Um direito não é algo que exista em si, é apenas o efeito da obrigação.[1]


Com relação a frase a seguir retirada da página “A Folha” que diz: “Um dos maiores desafios é tornar o sistema escolar compatível com as necessidades da população.” Bem, esse, sabe muito bem quais são as necessidades da população e, a principal necessidade é de que as escolas juntamente com o Estado devam parar de nos empurrar goela abaixo o que devemos estudar, pois, se de fato querem que vivemos num país Democrático, portanto, a educação deve ser livre e não controlado pelo “aparelhamento estatal”.[2]
Ademais, deve-se aplicar ensinamentos que desinibam o aprendizado das crianças e não ensinamentos que inibam o seu desenvolvimento intelectual[3], logo, é inegável a incapacidade do Estado com relação a educação, para isso, basta analisar os índices de reprovação em massa(!) e a colocação dos nossos jovens no PISA.[4]
Em virtude dos fatos mencionados, a pergunta que paira no ar é: vocês realmente sabem do que estão falando?



[2] Flávio Gordon analisando o que a filósofa Hannah Arendt diz sobre Antônio Gramisc ele diz: Numa profunda reflexão sobre a crise educacional dos anos 1950, a filósofa Hannah Arendt aborda justamente o processo pelo qual, em suas palavras, a educação transformou-se em instrumento da politica ao mesmo tempo que a própria atividade politica foi concebida como uma forma de educação. Arendt aponta Jean-Jacques Rousseau como o patriarca dessa confusão entre política e educação. A partir de Rousseau – que, não por acaso, Robespierre qualificou certa vez de “professor da humanidade” –, a política vem assumindo ares cada vez mais pedagógicos. “Não se deve abandonar as luzes e aos preconceitos dos pais a educação de seus filhos” – escreve o filósofo genebrino – “pois ela importa ao Estado mais que aos pais. O Estado permanece, e a família perece”. Gordon, Flávio. A Corrupção da Inteligência: intelectuais e poder no Brasil ∕ Flávio Gordon. - 10° ed. – Rio de Janeiro: Record, p. 89, 2019.
[4] Programa Internacional de Avaliação de Alunos – PISA. Cf. a posição do Brasil no PISA: https://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/especial-publicitario/eleva-educacao/noticia/como-tirar-o-brasil-dos-ultimos-lugares-no-ranking-de-educacao.ghtml acessado no dia 13.10.2019.

PÉSSIMAS ESCOLHAS, PÉSSIMOS RESULTADOS


Por Rogério de Camargo.


O que afetou a vida de Otávio Henrique não é culpa da desigualdade econômica ou social brasileira, mas sim, o que afetou sua vida foi sua falta de caráter. Claro que a má influência que ele tinha dentro de sua própria casa corroborou para um péssimo resultado, porém, não devemos depositar o resultado de nossas péssimas escolhas em terceiros. A priori, o passo mais importante nesse caminho é assumir o nosso próprio erro... ou vão me dizer agora que agredir professor é a coisa mais linda que já existiu?
Ademais, milhares de pessoas passam por necessidades financeiras e se quer procuram auxilio no uso de drogas, a pessoa que escolheu ser um dependente químico de fato merece um auxilio para que possa sair dessa condição miserável, porém, não devemos colocar a culpa nas desigualdades sociais, pois elas sempre existiram e sempre existirão. Querem viver num país onde não há desigualdade social(?), vão para Cuba, lá, de fato não existe diferença de classes sociais, pois todo mundo sobrevive na melhor condição em que o regime socialista possa lhe oferecer.
De acordo com os relatores do primeiro vídeo[1] acima, sim, a Casa do Zezinho atua para a transformação social. É possível identificar o resultado positivo que essa instituição fez na vida do jovem Otávio Henrique, ajudou-lhe a retomar a autoestima e sonhar com uma formação acadêmica superior.

ONG'S E SEUS PERCALÇOS


Por: Rogério de Camargo.

ONG – Organização Não Governamental – só pelo nome pode encontrar o equívoco. A grande maioria das ONGs tem sim relação com o Estado, pois muitas ONGs fazem parte de projetos custeados pelo governo. Não que isso seja ruim, pelo contrário, é nítido a importância que essas instituições trazem e fazem para a nossa sociedade, principalmente para os nossos jovens. Ademais, muitas ONGs trabalham com o programa de alfabetização para jovens e adultos, dando a oportunidade para essas pessoas, que por consequência de problemas particulares se distanciaram da escola. Esse, é favorável a participação de qualquer tipo de instituição à educação, só não é favorável a doutrinação e a imbecilização pregada pela grande maioria dos professores dessa era.
Com relação as ONGs o grande problema está em dizer ser uma instituição não governamental, possa ser não diretamente, mas a grande maioria dessas instituições sobrevivem de dinheiro público, outras de dinheiro de empresas privadas, outras das duas opções.
Confere abaixo uma matéria de 2011 onde mostra a quantidade de dinheiro público gasto em entidades sem fins lucrativos.

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