REFORMA PSICOLÓGICA

domingo, 12 de abril de 2020

GESTÃO DEMOCRÁTICA, ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR E OUTROS EQUÍVOCOS


Por Rogério de Camargo.


Em questões administrativas é imprescindível saber que uma gestão se faz necessária seja em qual campo for. As concepções de ter ou não ter um diretor não cabe a esse responder se é viável ou não, ou, se deve substituir o diretor por dois ou mais coordenadores, o fato é que estão querendo trocar seis por meia dúzia e o problema real que afeta as instituições educacionais e principalmente os alunos não será resolvido.
Um dos principais motivos é que as pessoas dão muita atenção a pseudos intelectuais e as ideias caducas dum pseudos educador chamado Paulo Freire, pois, vale lembrar que essa ideia de “Democratização das Escolas” é uma ideia exclusivamente dele e que até hoje isso nunca deu certo.
O prof. Vitor Henrique Paro[1] no começo do vídeo ao se referir a questão administrativa da escola se equivoca ao pensamento das pessoas induzindo-as a aceitarem sua conclusão ao nosso respeito, ao menos para esse, administração escolar não tem a ver com submissão e obediência – uma vez que isso deva fazer parte dentro dum processo administrativo seja onde for –, mas sim, administração escolar esta mais relacionado a processo burocrático e principalmente em alienação escolar como bem disse Ivan Illich em “Sociedade Sem Escola”.
A escola assim como outras organizações – organizações aos quais esse não quer citar ou entrar em detalhes para não se estender muito – tem como objetivo principal a alienação e não a formação dum pensamento crítico como por milhares de vezes temos ouvido dizer. E, é por esse e outros motivos que, esse, corrobora com o pensamento de Ivan Illich duma “Sociedade Sem Escola”.
Confere o que diz o Sr. Illich a esse respeito:


A escola não é, de forma alguma, a única instituição moderna que tem por finalidade primordial bitolar a visão humana da realidade. O secreto currículo da vida familiar, do recrutamento militar, da assistência médica, do assim chamado profissionalismo, ou dos meios de comunicação de massa têm importante papel na manipulação institucional da cosmovisão humana, linguagem e demandas. Mas a escola escraviza mais profunda e sistematicamente, pois unicamente ela está creditada com a função primordial de formar a capacidade crítica e, paradoxalmente, tenta fazê-lo tornando a aprendizagem dos alunos — sobre si mesmos, sobre os outros e sobre a natureza — dependente de um processo pré-empacotado. A escola nos toca tão de perto que ninguém pode esperar ser dela libertado por meio de outra coisa qualquer.[2]


Esse tem ouvido dizer por inúmeras vezes e por diversas pessoas que a função da escola é ensinar, logo, a conclusão que é possível chegar é que se quer esse foi o objetivo central da escola, pois eles mesmos – os agentes – conseguem compreender o que de fato estão fazendo.


[2] ILLICH, Ivan. 1926-129s Sociedade sem escolas: trad. de Lúcia Mathilde Endlich Orth. Petrópolis, Vozes, 1985., p. 60.


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