REFORMA PSICOLÓGICA

quinta-feira, 30 de maio de 2019

PRECONCEITO EM FORMA DE FESTA

Por Rogério de Camargo.


A festa junina apresentada aqui em nosso país (Brasil) para algumas pessoas ela é simplesmente uma festa comemorada pelos seus antepassados nas escolas e nas igrejas e que a mistura de ritmos – como, por exemplo, o Country – é a conseqüência duma miscigenação desde a colonização deste país.
Entretanto, vale ressaltar que a origem dessa festa praticada por diversos países tem origem pagã, porquanto, ela era praticada pelos povos arianos e romanos, desde priscas era, visto que, nessa época, essas festas eram classificadas como elemento dos rituais de celebração do ponto de ligação para o verão. Tal festa – assim como outras também – geralmente era promovida “para afastar os espíritos maus que provocavam a esterilidade da terra, as pestes nos cereais e as estiagens”. Já no suceder da Idade Média a Igreja Católica começou a celebrar a festa junina e “deu-lhe como padroeiros os santos cujas datas agiográficas localizam-se na época da mudança de estação: Santo Antônio, São João e São Pedro. Os rituais ligados ao fogo (balões, fogueira, foguetes) também ganharam outra significação. De acordo com o que se acreditava, passaram a ter a finalidade de afugentar os demônios. Na Península Ibérica acabou se tornando uma das mais antigas e populares tradições da religiosidade popular”, afirma o Doutor em Educação, professor da Universidade de Taubaté (UNITAU) e membro do Grupo de Pesquisa em Políticas de Educação no Brasil, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), o Professor Judas Tadeu De Campos, utilizando como referência “Araújo, 1957; 1973”.

Igualmente, é o fato de que essa festa ao ser comemorada nas escolas acaba que transformando as instituições educacionais num paradoxo uma vez que, as mesmas pregam juntamente com os seus educadores a ideia de ser contra o preconceito, porém se quer sabem que a devida festa praticada aqui no Brasil nasce dum preconceito ao modo de viver do caipira e até mesmo do paulista, pois os dois termos eram, na prática, análogos no final do século XVIII.
Destarte, os países considerados atrasados, assim como o Brasil, eram chamados de primitivos, isso se especificando aos habitantes que seriam portadores dessa cultura – caipira. Logo, o modo de viver do caipira era a “forma mais antiga de civilização e cultura da classe rural brasileira, constituída desde os primeiros tempos da colonização”, afirma Judas Tadeu de Campos tendo como referencia Maria Isaura Pereira de Queiroz (1973, p. 8).

Dado o exposto, é possível chegar à conclusão de que é preciso primeiramente saber do que se tratam as festas para depois aderirem ao contexto escolar – principalmente escolar –, pois a escola que deveria ser o exemplo de cultura e conhecimento, hoje, é sinônimo de vergonha e desinformação. Desse modo, vale ressaltar também que a mesmíssima festa já foi utilizada com o pretexto de arrecadação de dinheiro para que assim fosse suprida a escassez de verba apresentado pelas escolas, com isso formam-se barracas com o objetivo de comercializar os próprios produtos que os alunos trazem para as escolas, isso sem mencionar os jogos e bailes, tudo isso tendo em vista o lucro – e o mais engraçado disso tudo é que a grande maioria dos professores é explicitamente contra o capitalismo. Já as musicas que predominavam naquela época era produzido pela indústria cultural, difundidas pelo meio de comunicação que integra a começar do chamado “sertanejo” até a música “Country” ou qualquer outro modismo musical daquela época.


REFERÊNCIA:
DE CAMPOS, Judas Tadeu. FESTAS JUNINAS NAS ESCOLAS: LIÇÕES DE PRECONCEITOS