A festa junina apresentada aqui em
nosso país (Brasil) para algumas pessoas ela é simplesmente uma festa
comemorada pelos seus antepassados nas escolas e nas igrejas e que a mistura de
ritmos – como, por exemplo, o Country – é a conseqüência duma
miscigenação desde a colonização deste país.
Entretanto, vale ressaltar que a origem
dessa festa praticada por diversos países tem origem pagã, porquanto, ela era
praticada pelos povos arianos e romanos, desde priscas era, visto que, nessa
época, essas festas eram classificadas como elemento dos rituais de celebração
do ponto de ligação para o verão. Tal festa – assim como outras também –
geralmente era promovida “para afastar os espíritos maus que provocavam a
esterilidade da terra, as pestes nos cereais e as estiagens”. Já no suceder da
Idade Média a Igreja Católica começou a celebrar a festa junina e “deu-lhe como
padroeiros os santos cujas datas agiográficas localizam-se na época da mudança
de estação: Santo Antônio, São João e São Pedro. Os rituais ligados ao fogo
(balões, fogueira, foguetes) também ganharam outra significação. De acordo com
o que se acreditava, passaram a ter a finalidade de afugentar os demônios. Na
Península Ibérica acabou se tornando uma das mais antigas e populares tradições
da religiosidade popular”, afirma o Doutor em Educação, professor da
Universidade de Taubaté (UNITAU) e membro do Grupo de Pesquisa em Políticas de
Educação no Brasil, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP),
o Professor Judas Tadeu De Campos, utilizando como referência “Araújo,
1957; 1973”.
Igualmente, é o fato
de que essa festa ao ser comemorada nas escolas acaba que transformando as
instituições educacionais num paradoxo uma vez que, as mesmas pregam juntamente
com os seus educadores a ideia de ser contra o preconceito, porém se quer sabem
que a devida festa praticada aqui no Brasil nasce dum preconceito ao modo de
viver do caipira e até mesmo do paulista, pois os dois termos eram, na prática,
análogos no final do século XVIII.
Destarte, os países considerados
atrasados, assim como o Brasil, eram chamados de primitivos, isso se
especificando aos habitantes que seriam portadores dessa cultura – caipira.
Logo, o modo de viver do caipira era a “forma mais antiga de civilização e
cultura da classe rural brasileira, constituída desde os primeiros tempos da
colonização”, afirma Judas Tadeu de Campos tendo como referencia Maria Isaura
Pereira de Queiroz (1973, p. 8).
Dado o exposto, é
possível chegar à conclusão de que é preciso primeiramente saber do que se
tratam as festas para depois aderirem ao contexto escolar – principalmente
escolar –, pois a escola que deveria ser o exemplo de cultura e conhecimento,
hoje, é sinônimo de vergonha e desinformação. Desse modo, vale ressaltar também
que a mesmíssima festa já foi utilizada com o pretexto de arrecadação de
dinheiro para que assim fosse suprida a escassez de verba apresentado pelas
escolas, com isso formam-se barracas com o objetivo de comercializar os próprios
produtos que os alunos trazem para as escolas, isso sem mencionar os jogos e
bailes, tudo isso tendo em vista o lucro – e o mais engraçado disso tudo é que
a grande maioria dos professores é explicitamente contra o capitalismo. Já as
musicas que predominavam naquela época era produzido pela indústria cultural,
difundidas pelo meio de comunicação que integra a começar do chamado
“sertanejo” até a música “Country” ou qualquer outro modismo musical
daquela época.
REFERÊNCIA:
DE CAMPOS,
Judas Tadeu. FESTAS JUNINAS NAS ESCOLAS: LIÇÕES DE PRECONCEITOS