Por: Rogério de Camargo.
Caríssima professora Ângela, bom
dia!
Sinto muito em lhe informar, mas, o
meu relatório de estágio aborda ideias trazidas pelas próprias
apostilas da universidade camiliana, como por exemplo, na apostila u.
e. 13 módulo 3 desse semestre, onde as autoras da apostila se
referindo a dança e a quem deveria praticar determinados tipos de
dança, id est., ao balé dizem elas que:
(…) muitas famílias sonham tal formação para suas filhas (mulheres) e não os filhos (homens); em outras, por frustração de mães que não tiveram essa oportunidade; em outras, ainda, por desconhecimento de outras formas de arte e dança; e, por último, por uma questão de gênero, já que se considera a dança uma arte eminentemente feminina (…)(PIRES, Maria Cristina de Campos e MARINO, Sandra. Unidade Educacional XIII Profissionalização docente: Cultura, Arte e Movimento, pág., 39).
Entretanto, as autoras deixam bem
claro que esse não é o pensamento delas, porém, ao abordar sobre o
balé elas abordam também a questão de gênero como opção para
determinados tipos de dança, uma vez que, muitas famílias escolhem
o balé para as meninas e não para os meninos e também por uma
questão de gênero. No entanto, as autoras não especificaram que
gênero é esse, pois, os progressistas deturpam as palavras e os
seus significados, e isso não é diferente com as mesmas.
Um pouco mais adiante, as professoras
dizem que, “Parece haver, inclusive, uma pequena mudança no
pensamento dos adultos com relação às questões de gênero”,
logo, é entendido que, o gênero aqui está relacionado com a dança,
porém, incoeso com a imagem postada pelas mesmas, pois, o que se vê,
são três mulheres praticando balé e ali presente não tem nenhum
homem ou “gênero” masculino – ou como queiram chamar –
praticando essa dança, somente a presença do professor e de dois ou
três homens na plateia assistindo, porém, isso não significa que
eles são alunos, uma vez que, não estão trajados para tal.
Já na apostila Unidade Educacional
VIII: Culturas Infantis e Ação Pedagógica, módulo 2, no item 2.2.
A diversidade e as infâncias plurais, as autoras dizem o seguinte:
No item anterior vimos que os bebês e as crianças vivem suas infâncias determinadas por diferentes contextos, uma vez que são constituídas socialmente, de forma histórica e cultural. Assim, são marcadas por diversas IDENTIDADES como raciais, étnicas, de GÊNERO, territorial, nacionalidade e condições socioeconômicas das quais fazem parte.(DE FREITAS, Anita Viudes e VALVERDE, Sônia Larrubia. Unidade Educacional VIII: Culturas Infantis e Ação Pedagógica, módulo 1, pág., 26).
Oras(!), mas se a própria palavra
gênero já diz respeito as anteriores, por qual motivo as autoras
quiseram acrescentar a palavra gênero seguida da palavra identidade?
Obviamente que não se trata somente de gênero, que, de acordo com o
dicionário da língua portuguesa Michaellis, gramaticalmente
falando, a palavra gênero é uma categoria
linguística que estabelece a distinção entre as classes de
palavras, as palavras que denotam sexo nem sempre serão apresentadas
explicitamente, como por exemplo, lápis e caneta, diferente de galo
e galinha, o que caracteriza o gênero gramatical das duas primeiras
é que elas devem ser seguidas de um numeral seja ele cardial ou
ordinal, já as duas segundas é o sexo. Logo, no excerto acima
trazido atona por esse, o “gênero” apresentado não diz respeito
a gênero gramatical, mas sim, ideológico, isto é, ideologia de
gênero.
Outra abordagem sobre
ideologia de gênero é trazida pelas mesmíssimas professoras na
apostila do módulo 4 da mesma unidade educacional, uma citação dum
documento publicado pelo MEC conhecido como “Indicadores da
qualidade na educação infantil”, a citação diz que: “O
reconhecimento e a valorização das diferenças de gênero,
étnico-racial, religiosa, cultural e relativas a pessoas com
deficiência.”. Mais uma vez a abordagem do texto mostra que a
palavra gênero apresentada não está se referindo a gênero
gramatical ou algo do tipo, mas sim, ideológico, pois, se estivesse
de fato tratando de gênero gramatical ao mencionar etnia, raça,
religião e cultura, logo, intenderíamos que, estão falando de
determinados grupos, uma vez que, não existe uma só etnia, raça,
religião e cultura, ou existe? Isso sim de fato são gêneros,
agora, acrescentar a palavra gênero seguida dessas anteriores
mencionadas para justificar uma ideologia e consequentemente
desqualificar o trabalho desse por falar em seu relatório de estágio
a respeito de ideologia de gênero, uma vez que, essa ideia é
argumentada e trabalhada nas apostilas da universidade São Camilo,
isso sim não faz sentido algum.
Em virtude dos fatos
mencionados, peço a gentileza de que o meu relatório de estágio do
ensino fundamental 1 seja aceito, pois, o mesmo está de acordo com o
que as apostilas da universidade São Camilo apresenta em seu teor.
Ademais, é notório saber que, o relatório de estágio apresentado
por esse, traz de fato temas pedagógicos, se não for assim, por
qual motivo as apostilas da universidade São Camilo trata sobre
ideologia de gênero em seus textos? Destarte, como é que um
professor(a) conseguirá solucionar um caso como apresentei no
relatório de estágio se ele nunca estudou ou teve algum tipo de
experiência desse tipo? Se de fato esse assunto não é um tema
pedagógico quem deverá solucioná-lo(?), ou não é um caso a ser
solucionado, é normal que as crianças agem assim mesmo? Se esse não
pode tratar a esse respeito em seus relatórios ou até mesmo nos
fóruns, que seja retirado primeiramente das apostilas, ai sim teriam
uma justificativa plausível. Por outro lado estão querendo me calar
por um relatório de estágio onde minha opinião no relatório é
isenta, apenas abordei o comportamento apresentado por três (3)
crianças e a origem dessa influência para tal comportamento, não
disse nada do que penso a respeito, critico sim os ideólogos e suas
influências e as consequências trazida por esses, muito diferente
de um adulto que opta por realizar sexo com seu órgão excretor.
REFERÊNCIAS:
PIRES, Maria Cristina de
Campos e MARINO, Sandra. Unidade Educacional XIII Profissionalização
docente: Cultura, Arte e Movimento, módulo 3, pág., 39.
DE FREITAS, Anita Viudes
e VALVERDE, Sônia Larrubia. Unidade Educacional VIII: Culturas
Infantis e Ação Pedagógica, módulo 1, pág., 26.
Dicionário Michaellis.
DE FREITAS, Anita Viudes
e VALVERDE, Sônia Larrubia. Unidade Educacional VIII: Culturas
Infantis e Ação Pedagógica, módulo 4, pág., 23.
Indicadores da Qualidade
na Educação Infantil / Ministério da Educação/Secretaria da
Educação Básica – Brasília: MEC/SEB, 2009. pág., 14.
CAMARGO. Rogério.
ANÁLISE DE ESTÁGIO DO ENSINO FUNDAMENTAL 1, 2018.