REFORMA PSICOLÓGICA

sábado, 1 de junho de 2019

SOBRE A INTERDISCIPLINARIDADE


Por Rogério de Camargo.



              A princípio, para que de fato possa existir uma transmissão de conhecimento de verdade o método interdisciplinar deve ser descartado para os anos iniciais, pois, esse método, se quer, encontra-se na BNCC – Base Nacional Comum Curricular – isso já é motivo suficiente para não ser utilizado.
Igualmente, é o fato de que, esse método não passa de uma utopia, pois, se até mesmo os professores pouco conhecem a respeito do que eles ensinam quem dirá fragmentar o ensino em um método interdisciplinar (?).
Um método de ensino deve ser sistemático onde o professor procura abranger vários pontos até o limite do seu conhecimento. Claro que, ao ensinar sobre o domínio Bolchvique na província de Kiev, Ucrânia, na década de 1920, ele (o professor), não estará tratando unicamente sobre história, mas também sobre Geografia e Política. Entretanto, o assunto primordial naquele momento será o contexto histórico.
Com relação à interdisciplinaridade, veremos o que o Doutor em Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e professor da Universidade Federal de São Maria (UFSM), Ronai Rocha, tem a dizer a respeito em seu livro:

Existem também críticas não apenas aos resultados pontuais, mas à metodologia e a algumas características da proposta. A proposta que temos é o trabalho isolado de grupos de especialistas nas diversas áreas e não há sinais de uma etapa de trabalho no qual ao menos as áreas sejam submetidas a uma integração. Para que o leitor entenda: se o grupo de Língua Portuguesa coloca como objetivos de primeira série do nível médio que o aluno seja capaz de identificar a estrutura de um argumento, espera-se, que o grupo de Filosofia ofereça esses elementos em sua proposta para a mesma série. Não há esse tipo de trabalho na Base Curricular que está em discussão. Nela, por assim dizer, as disciplinas não conversam entre si, o que seria de se esperar em um país cujas leis educacionais insistem em louvar a interdisciplinaridade. Não houve trabalho interdisciplinar na elaboração da Base e só isso seria suficiente para algum ceticismo quanto aos resultados a que chegaremos.


Bom, o resultado que chegaremos mencionado pelo professor Ronai Rocha, é o mesmo colhido durante algumas décadas, é só consultar os resultados do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) e PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudante), através dessas consultas é possível compreender onde é que o ensino interdisciplinar tem chegado.
Vejamos o que mais o professor Ronai Rocha tem a dizer a respeito da interdisciplinaridade:


Fica evidente que os esforços educacionais de elaboração de currículos de tipo integrado ou interdisciplinar somente fazem sentido na medida em que assumimos que existem diferenças relevantes entre domínio de conhecimento e experiência e que existem formas de correlação, redes conceituais de relações entre os domínios. Não há teoria curricular interdisciplinar sem uma epistemologia das variedades do conhecimento. Isso nos leva de volta a um truísmo. Não importa a forma como as intenções e as praticas educacionais se apresentam, progressistas ou tradicionais, elas se vêem às voltas com a tarefa de explicar seus objetivos, pois, ao fim e ao cabo, o estudante precisa ter o domínio de “certas formas fundamentais de métodos públicos de experiência, compreensão e conhecimento”.


Ou seja, a teoria interdisciplinar vai diretamente contra o pensamento progressista de Paulo Freire, pois, o mesmo dizia que, não há saber mais ou saber menos: há saberes diferente. Essa frase é atribuída a ele, porém, esse, não encontrou essa fala nos seus dois livros principais, id. est., Pedagogia do Oprimido e Pedagogia da Autonomia. Essa frase foi encontrada num livro chamado “Peregrinações: os Garros[1], letos[2] em Ijuí[3] - Página 63, Valentim Garros – 2002”.

Por fim, conclui-se que, a interdisciplinaridade não passa de um método fraudulento e verossímil e o resultado esperado por esse método é possível de ser identificado nas péssimas formações dos nossos jovens.





REFERÊNCIAS:
ROCHA, Ronai. Quando Ninguém Educa: questionando Paulo Freire, Pág., 24, 64. São Paulo: Contexto, 2017



[1] É o mesmo que doença, leproso, sarnento.
[2] Língua indo-europeia, do grupo linguístico báltico, falada na Letônia; lético.
[3] Ijuí é uma Cidade do noroeste do rio grande do sul, nome de origem indígena da região. Esse nome significa rio das águas grandes. Anteriormente grafado como ijuhy

MÉRITOS ADQUIRIDOS DUMA EDUCAÇÃO FRAUDULENTA


Por Rogério de Camargo.


Com o que diz respeito à pergunta: “Como os (as) educadores (as) podem desenvolver um trabalho em sala de aula que faça frente à tendência atual de propagação de notícias falsas, em particular notícias falsas nas Ciências?”
A princípio, vale ressaltar que, não cabe unicamente e exclusivamente a “escola promover o letramento científico e o trabalho com os conhecimentos científicos acumulados”. A escola não é dona do saber, mas sim, essa, tem como por obrigação partilhar o conhecimento através de seus professores, porém pouco – ou quase nada – tem feito a esse respeito.
Caso alguém discorde, pare e pense a grande maioria dos pensadores e inventores do mundo inteiro não teve como auxilio uma academia para sua invenção ou, seja lá o que for. Thomas Edson, por exemplo, estudou em casa com sua mãe e cá para nós ele foi o criador da lâmpada incandescente – a quem diga que foi Nicola Tesla, mas isso é assunto para outra hora.
Olavo de Carvalho, filósofo brasileiro, criador da teoria dos quatro discursos em “Aristóteles em Nova Perspectiva”, teoria essa que ajudou inúmeros estudiosos pelo mundo afora a compreender a filosofia de Aristóteles. Ah, ele é também criador da teoria “Paralaxe Cognitiva” que estuda o hiato entre o eixo da experiência pessoal e o da construção teórica. E essas duas teorias ele se quer precisou duma instituição acadêmica para desenvolvê-las.
Longe de mim, querer desmerecer a escola, ela já tem feito isso por si só com seus índices de reprovação em massa nos exames internacionais e nacionais também, como por exemplo, o PISA e o ENEM. Isso sem mencionar o absurdo que foi o resultado da prova da OAB que teve em 2018 o maior índice de reprovação, id. est., 83,21% de reprovado no Exame de Ordem.
Os atuais educadores se querem “podem desenvolver um trabalho em sala de aula que faça frente à tendência atual de propagação de notícias falsas”, por que esses mesmos são propagadores de mentiras. Professores que ensinam as criancinhas dizendo que o mundo surgiu através da junção de gases e poeira sem ao menos poder comprovar essa tese é o que (?) se não for um fraudulento.
Professores que ensinam as criancinhas que o homem é uma espécie de evolução dos macacos sem ao menos ter como comprovar sua especulação (?).
A verdade é que esses “educadores” e “professores” – ou como queiram chamá-los – primeiramente precisam aprender defender no que eles mesmos acreditam para depois poder fazer “frente à tendência atual de propagação de notícias falsas”. Como criarão uma defesa contra noticias falsas se esses são propagadores das mesmas (?).


CULTURA SURDA


Por Rogério de Camargo

É imprescindível saber que, existem dois tipos de surdos, isto é, os que nasceram surdos (congênito) e os que nasceram ouvintes e depois se tornaram surdos – adquirido. Ah, existe também os que ficaram surdos após envelhecer e esse fenômeno é conhecido como surdez central ou “presbiacusia” – nome técnico dado à surdez por envelhecimento.
Essa diferença de surdez congênita e surdez adquirida fazem uma enorme diferença, pois os que nasceram surdos pouco ou quase nada compreendem a língua portuguesa e isso dificulta na leitura labial que os surdos tentam fazer dos falantes. Diferente dos surdos que nasceram ouvintes e se tornaram surdos por fatores diversos, como por exemplo, a ingestão de medicamentos ototóxicos que acabam lesionando o aparelho auditivo – por esse motivo a automedicação não é recomendada – esses consegue compreender melhor um falante, pois conseguem fazer a interpretação labial ainda que com um pouco de dificuldade, mas conseguem. Ademais, a pessoa que se tornou surda e que outrora era falante consegue se comunicar melhor com um falando diferente daquele que já nasceu com essa deficiência.
Portanto, respondendo a questão apresentada nesse fórum, o mais recomendado para uma criança surda profunda desde o nascimento é a Libras.

Confere abaixo um vídeo que explica a esse respeito (cultura surda):


A DESCONSTRUÇÃO DA FAMÍLIA TRADICIONAL

Por Rogério de Camargo.

Numa entrevista, Daly O’Leary, especialista no assunto “Ideologia de Gênero” respondeu algumas questões referente ao assunto que apresentarei abaixou, não colocarei todas as perguntas e respostas para não ficar muito extenso, quem tiver interesse de ler na integra a entrevista deixarei o link para mais informações, confere...



Como surgiu a ideia e a expressão “gender” [gênero]?
Daly O’Leary – O problema diante do qual se encontraram as pessoas que promoviam a revolução contra a família, estava em como eliminar as “classes dos sexos” (sex classes), as quais são condicionadas pelas diferenças biológicas entre a mulher e o homem. A solução deste dilema foram as teses do dr. Money de Hopkins University de Baltimore (EUA). Até os anos 50, a palavra “gender” era um termo gramatical e indicava se uma palavra é de gênero masculino, feminino ou nêutro. Dr. Money começou a usá-lo num novo contexto e introduziu o termo “gender identity” – a “identidade do gênero”, para indicar se uma pessoa se sente homem ou mulher. Money achava que a identidade sexual – “gender identity” – depende do fato como a criança é educada, e, às vezes, é distinta da identidade biológica.


De que modo as feministas aproveitaram as teorias do dr. Money?
Daly O’Leary – Kate Millet, no seu livro de 1969, “Sexual Politics” (Política sexual), escrvia: “Não existe diferença entre os sexos no momento do nascimento. A personalidade psicossexual é, portanto, algo apreendido depois do nascimento. Deste modo, a ideia de sexo (gênero) como uma criação social entrou nas teorias feministas. A ideologia do gênero fez com que a prioridade do movimento feminista deixasse de ser a luta política, que discriminava as mulheres, se tornou uma luta para combater ideias que evidenciavam as diferenças entre a mulher e o homem e acentuavam o principal papel da mulher na esfera educativo-zeladora.


São palavras muito significativas. Voltemos, ainda, à teoria do dr. Money. Ela foi confirmada cientificamente?
Daly O’Leary – Quando a ideologia de gênero estava se tornando mais popular, as suas motivações teóricas se desfizeram. As teorias do Dr. Money foram desacreditadas pelas pesquisas científicas referentes ao desenvolvimento do cérebro. Os exames pré-natais demonstraram que ainda antes de nascerem os cérebros do menino e da menina se diferenciam significativamente; isto tem influência no modo diferente de percepção dos movimentos, cores e formas. Isto causa, p. ex., que no menino há uma “preparação biológica” para usar brinquedos masculinos, e nas meninas, dos brinquedos femininos. As mulheres, a começar pelo ventre materno, são dotadas de uma particular sensibilidade com outras pessoas, que é necessária no desempenho do papel de mãe.


Através dessas três (3) perguntas e três (3) respostas feitas para e pela especialista Daly O’Leary é possível chegar à conclusão de que “o curso, dirigido a garotas de 9 a 15 anos” apresentado na introdução desse fórum nada mais é que uma espécie de lavagem cerebral onde essas pequenas chilenas são colocadas como cobaias a um experimento ideológico fracassado.
Pois, vale ressaltar que essa “Ideologia de Gênero” tem como objetivo a desconstrução da família tradicional, não é à toa que a seguinte frase era dita as meninas: “para ser feliz não é preciso um homem ao lado”. Isso não é e nunca foi uma ideia para encorajá-las do mundo que lhes é apresentado, isto é, como um conto de fadas, mas sim, uma completa desconstrução do que é uma família tradicional.
Apostolo Paulo já dizia em suas epistolas que “Quando eu era menino [criança], falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino”. (1 Co. 13.11 NVI).
Por fim, é preciso sim, apresentar para as crianças histórias que lhes fazem criar em suas cabeças um mundo imaginário, pois é exatamente através da imaginação que as crianças aprendem a construírem os seus pensamentos e, quando chegarem à idade adulta entenderá o quanto esse mundo de imaginações foi tão importante para a formação do seu intelecto.




Referência: