Por: Rogério de Camargo.
Fonte: (https://www.blahcultural.com/uci-cinemas-traz-para-o-brasil-a-temporada-2016-2017-do-ballet-bolshoi/)
A dança em tempos antigos era
praticada de diversas formas, isto é, para cada situação os povos
antigos dançavam para celebrar algum acontecimento que já era
notório ou que estava por vir, alguns povos dançavam até mesmo em
casamento e funerais, como é o caso dos egípcios. Neste caso
estamos tratando de danças milenares.
Já na antiga Grécia, a dança era
praticada, primeiramente, em rituais religiosos. Os gregos
acreditavam na magia que existia na dança, desta forma, os diversos
deuses gregos eram cultuados de diversas formas. Também através da
dança os guerreiros eram preparados fisicamente, sempre estavam em
conjunto. A dança era muito propagada na antiga Grécia, pois, era
muito importante no teatro e também era muito utilizada em coro.
Parafraseando o livro de Platão, Protágoras, no “Diário do
Comércio” o professor Olavo de Carvalho diz:
(…) a primeira coisa que deve nos chamar a atenção é a prioridade absoluta que, na educação infantil, se dava ao treinamento literário e artístico. Após a instrução moral básica dada pela educação doméstica, praticamente só o que se ensinava às crianças, tão logo elas estivessem alfabetizadas, era ler e decorar as obras dos grandes poetas, participar de encenações teatrais, cantar, dançar e fazer ginástica. Isso era tudo. O resto cada um aprendia por si ou com professores particulares.
Portanto, é possível compreender
que, nos tempos antigos a dança era utilizada não somente para
rituais religiosos, mas também, como forma de cultura e de
condicionamento físico, pois, esta, era praticada por aqueles que
eram responsáveis por defender a sua pátria. Logo, as danças que
podem ser pensadas para o ensino infantil deve ser aquela que irá
trabalhar o condicionamento físico da criança, id. est., a
postura, respiração e até mesmo a musculatura do corpo, para que a
criança cresça com um bom condicionamento físico e um corpo
saudável.
Entretanto, na apostila da
Universidade São Camilo, U. E. XIII, Profissionalização docente:
Cultura, Arte e Movimento. Escrita pelas professoras: Maria Cristina
de Campos Pires e Sandra Marino. No segundo paragrafo da página 38
elas dizem que:
(…) muitas pessoas entendem a dança como o mesmo que o balé clássico. Isso se dá, em algumas vezes, porque muitas famílias sonham tal formação para suas filhas (mulheres) e não os filhos (homens); em outras, por frustração de mães que não tiveram essa oportunidade; em outras, ainda, por desconhecimento de outras formas de arte e dança; e, por último, por uma questão de gênero, já que se considera a dança uma arte eminentemente feminina, o que é grave. Não é mesmo?
A princípio, as docentes mencionadas
acima não apresentaram se quer algum dado científico para
justificar suas falas na apostila citada por este, logo, a possível
conclusão é que esses dados não existem, pois, as docentes
imaginam que seja assim, porém, o fato de alguém imaginar qualquer
coisa que seja não é base suficiente para fim de conclusões,
somente conclusões precipitadas.
Por fim, somente para título de
informação, o rei Luís XIV (rei da França, século XV) era um
bailarino, ficou conhecido como Rei sol por conta da roupa brilhante
que utilizou em um espetáculo de dança (ballet) no Ballet
de La Nuit.
Luís XIV fundou a Accademie
Royale de Musique
em 1661 que hospedava uma escola de balé. Nessa escola, ele tinha o
apoio na direção o compositor italiano Jean-Baptiste
Lully
que tinha como assistente o professor de dança francês Pierre
Beauchamps,
foi assim que o balé foi se tornando num espetáculo mais
sofisticado passando a ser conhecido como “Ópera-Balé”, o
motivo era por que combinava dança, diálogos e canto. Pierre
Beauchamps
foi quem criou as cinco posições básicas que são utilizadas no
balé até os dias de hoje. Com essas informações, some o fantasma
que assombrava a ideia de que somente as mulheres eram quem praticava
o balé (ballet),
ou que o balé só deve ser praticado por mulheres, logo, o balé
sempre teve a presença dos homens, tanto na dança como na ajuda
para a evolução desta. O fato de uma sociedade ser ignorante tanto
intelectual como cultural não é pretexto para acusá-la ou
titulá-la de qualquer sinônimo que for, mas sim, urgentemente,
esta, precisa de ajuda em ambas esferas, porém, os intelectuais
desse século ao invés de ajudar preferem afundá-los cada vez mais
no lamaçal da ignorância. Pense nisso!
REFERÊNCIAS:
De Carvalho, Olavo. Diário
do Comércio,
25
de novembro de 2013.
PIRES,
Maria Cristina de Campos e MARINO, Sandra. Apostila São Camilo,
Pedagogia, Unidade Educacional XIII, Profissionalização docente:
Cultura, Arte e Movimento. Pág., 38.
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