REFORMA PSICOLÓGICA

domingo, 23 de setembro de 2018

ORIGEM E FUNDAMENTO DA DANÇA

Por: Rogério de Camargo.




A dança em tempos antigos era praticada de diversas formas, isto é, para cada situação os povos antigos dançavam para celebrar algum acontecimento que já era notório ou que estava por vir, alguns povos dançavam até mesmo em casamento e funerais, como é o caso dos egípcios. Neste caso estamos tratando de danças milenares.
Já na antiga Grécia, a dança era praticada, primeiramente, em rituais religiosos. Os gregos acreditavam na magia que existia na dança, desta forma, os diversos deuses gregos eram cultuados de diversas formas. Também através da dança os guerreiros eram preparados fisicamente, sempre estavam em conjunto. A dança era muito propagada na antiga Grécia, pois, era muito importante no teatro e também era muito utilizada em coro. Parafraseando o livro de Platão, Protágoras, no “Diário do Comércio” o professor Olavo de Carvalho diz:



(…) a primeira coisa que deve nos chamar a atenção é a prioridade absoluta que, na educação infantil, se dava ao treinamento literário e artístico. Após a instrução moral básica dada pela educação doméstica, praticamente só o que se ensinava às crianças, tão logo elas estivessem alfabetizadas, era ler e decorar as obras dos grandes poetas, participar de encenações teatrais, cantar, dançar e fazer ginástica. Isso era tudo. O resto cada um aprendia por si ou com professores particulares.


Portanto, é possível compreender que, nos tempos antigos a dança era utilizada não somente para rituais religiosos, mas também, como forma de cultura e de condicionamento físico, pois, esta, era praticada por aqueles que eram responsáveis por defender a sua pátria. Logo, as danças que podem ser pensadas para o ensino infantil deve ser aquela que irá trabalhar o condicionamento físico da criança, id. est., a postura, respiração e até mesmo a musculatura do corpo, para que a criança cresça com um bom condicionamento físico e um corpo saudável.
Entretanto, na apostila da Universidade São Camilo, U. E. XIII, Profissionalização docente: Cultura, Arte e Movimento. Escrita pelas professoras: Maria Cristina de Campos Pires e Sandra Marino. No segundo paragrafo da página 38 elas dizem que:



(…) muitas pessoas entendem a dança como o mesmo que o balé clássico. Isso se dá, em algumas vezes, porque muitas famílias sonham tal formação para suas filhas (mulheres) e não os filhos (homens); em outras, por frustração de mães que não tiveram essa oportunidade; em outras, ainda, por desconhecimento de outras formas de arte e dança; e, por último, por uma questão de gênero, já que se considera a dança uma arte eminentemente feminina, o que é grave. Não é mesmo?


A princípio, as docentes mencionadas acima não apresentaram se quer algum dado científico para justificar suas falas na apostila citada por este, logo, a possível conclusão é que esses dados não existem, pois, as docentes imaginam que seja assim, porém, o fato de alguém imaginar qualquer coisa que seja não é base suficiente para fim de conclusões, somente conclusões precipitadas.
Por fim, somente para título de informação, o rei Luís XIV (rei da França, século XV) era um bailarino, ficou conhecido como Rei sol por conta da roupa brilhante que utilizou em um espetáculo de dança (ballet) no Ballet de La Nuit. Luís XIV fundou a Accademie Royale de Musique em 1661 que hospedava uma escola de balé. Nessa escola, ele tinha o apoio na direção o compositor italiano Jean-Baptiste Lully que tinha como assistente o professor de dança francês Pierre Beauchamps, foi assim que o balé foi se tornando num espetáculo mais sofisticado passando a ser conhecido como “Ópera-Balé”, o motivo era por que combinava dança, diálogos e canto. Pierre Beauchamps foi quem criou as cinco posições básicas que são utilizadas no balé até os dias de hoje. Com essas informações, some o fantasma que assombrava a ideia de que somente as mulheres eram quem praticava o balé (ballet), ou que o balé só deve ser praticado por mulheres, logo, o balé sempre teve a presença dos homens, tanto na dança como na ajuda para a evolução desta. O fato de uma sociedade ser ignorante tanto intelectual como cultural não é pretexto para acusá-la ou titulá-la de qualquer sinônimo que for, mas sim, urgentemente, esta, precisa de ajuda em ambas esferas, porém, os intelectuais desse século ao invés de ajudar preferem afundá-los cada vez mais no lamaçal da ignorância. Pense nisso!



REFERÊNCIAS:
De Carvalho, Olavo. Diário do Comércio, 25 de novembro de 2013.
PIRES, Maria Cristina de Campos e MARINO, Sandra. Apostila São Camilo, Pedagogia, Unidade Educacional XIII, Profissionalização docente: Cultura, Arte e Movimento. Pág., 38.

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