REFORMA PSICOLÓGICA

domingo, 29 de abril de 2018

SOCIOCONSTRUTIVISMO, um método ineficaz

Por: Rogério de Camargo.

Como seria possível a compreensão de textos sem antes conhecer ou ter praticado a pronuncia dos sons das letras e até mesmos passado pela formação das silabas? Pois, até mesmo para conseguir formar silabas é notório saber que se faz necessário o pré conhecimento das vogais e das consoantes para que assim a criança possa identificar os códigos e os seus devidos sons que serão utilizados para a formação das silabas e posteriormente das palavras, logo, entende-se que essa é a maneira correta de alfabetizar, i. e., através da conscientização. Entretanto, há quem diga que “(...) a aprendizagem é resultado da compreensão dos textos e não de operações com o código (...)”. (Apostila São Camilo – Profissionalização docente: Alfabetização e letramento UE IX, pág.24). Dessa forma, é subentendido que o método fônico de alfabetização é um tanto quanto arcaico, que está em desuso e, principalmente, ele não alfabetiza eficazmente.
Apesar disso, foi comprovado cientificamente pelo Dr. Bruce McCandliss da Stanford University na Graduate School of Education que o método socioconstrutivista trabalha equivocadamente o lado direito do cérebro e não o lado esquerdo que seria o correto. Dessa forma, a maneira de poder compreender e associar as palavras demora muito mais tempo do que deveria. Confira:

No estudo, publicado este mês na revista Brain and Language , os pesquisadores criaram uma nova linguagem escrita e contrastaram se as palavras eram ensinadas usando um método de instrução de letra para som ou um método de associação de palavras inteiras. Depois de aprender várias palavras em ambas as abordagens, as palavras recentemente aprendidas foram apresentadas em um teste de leitura enquanto as ondas cerebrais eram monitoradas.A equipe de McCandliss usou uma técnica de mapeamento cerebral que lhes permitiu capturar respostas cerebrais às  novas palavras aprendidas que são literalmente mais rápidas que um piscar de olhos.Surpreendentemente, os pesquisadores disseram que essas respostas cerebrais muitorápidas às novas palavras aprendidas foram influenciadas pela maneira como foram aprendidas.As palavras aprendidas através da instrução de som de letra provocavam atividade neural inclinada para o lado esquerdo do cérebro, o que engloba regiões visuais e de linguagem. Em contraste, as palavras aprendidas por meio de associação de palavras completas mostraram uma tendência para o processamento do hemisfério direito.McCandliss observou que esse forte engajamento no hemisfério esquerdo durante o reconhecimento inicial de palavras é uma característica de leitores habilidosos e carece, caracteristicamente, de crianças e adultos que estão sofrendo com a leitura.Além disso, os participantes do estudo foram capazes de ler novas palavras que nunca tinham visto antes, desde que seguissem os mesmos padrões de letras sonoras que lhes ensinaram a focar. Em uma fração de segundo, o processo de decifrar uma nova palavra acionou os processos do hemisfério esquerdo."Idealmente, esse é o circuito cerebral que esperamos ativar em leitores iniciantes", disse McCandliss.


Através das conclusões apresentadas por Bruce McCandliss entende-se que métodos de alfabetização que trabalha o lado esquerdo do cérebro – que é o lado correto de se trabalhar – alfabetiza com muito mais precisão e rapidez do que os métodos que trabalham o lado direito do cérebro – i. e., o lado errado de se trabalhar. Ou seja, o método que trabalha o lado esquerdo do cérebro é o método fônico e, o método que trabalha o lado direito do cérebro é o método socioconstrutivismo. Isso explica muita coisa!
Outrossim, é o fato de que essas aplicações utópicas da teoria de Jean Piaget representa nada mais e nada menos que o desprezo de tudo o que foi trazido à humanidade ao atual estágio de prosperidade tecnológico, científico e médico. Confira:

O doutor em educação João Batista Oliveira explica: “O construtivismo pode se tornar sinônimo de ausência de parâmetros para a educação, deixando o professor sem norte e o aluno a mercê de suas próprias conjecturas”. Por preguiça ou desconhecimento, essas abordagens radicais da teoria de Piaget são a negação de tudo o que trouxe a humanidade ao atual estágio de desenvolvimento tecnológico, científico e médico. Sua ampla aceitação no passado teria impedido a maioria das descobertas científicas, como a assepsia, a anestesia, as grandes cirurgias ou o voo do mais pesado que o ar. Sir Isaac Newton (1643-1727), que escreveu as equações das leis naturais, dizia que suas conquistas só haviam sido possíveis porque ele enxergava o mundo “do ombro dos gigantes” que o precederam. O conhecimento que nos trouxe até aqui é cumulativo, meritocrático, metódico, organizado em currículos que fornecem um mapa e um plano de voo para o jovem aprendiz. Jogar a responsabilidade de como aprender sobre os ombros do aprendiz não é estúpido. É cruel.

De fato, “(...) Jogar a responsabilidade de como aprender sobre os ombros do aprendiz não é estúpido. É cruel. (...)”, pois, a pratica de colocar a criança com o abstrato para que está venha desenvolver “experiências inatas” é um tanto quanto insano, uma vez que, esses, deveriam estar trabalhando as suas mentes para a evolução de novas pesquisas, conquistas e criatividades. Mas não, ao invés disso, estão trabalhando para o emburrecimento da humanidade, usando as nossas crianças como cobaias em nome de uma aristocracia corrupta, que no fim das contas tem como objetivo a perpetuação e a hereditariedade no poder. Entretanto, esses frutos – podres – já estão sendo ceifados por esses grupos, logo, é possível identificar miríades de professores que não tem a capacidade de identificar por qual o motivo os nossos jovens ocupam os últimos lugares nos exames internacionais. Como diria o doutor em psicologia, Fernando Capovilla, da Universidade de São Paulo (USP): “As aulas construtivistas frequentemente caem no vazio e privam o aluno de conteúdos relevantes”.
Outro fato interessante e, que deve nos chamar atenção é o fato de que todos os países que adotam o sistema socioconstrutivismo tem os piores indicadores de ensino do mundo. Confira:

Um conjunto de pesquisa internacionais chama atenção para o fato de que, em certas disciplinas do ensino básico, o construtivismo pode ser ainda mais danoso – especialmente na fase de alfabetização. Enquanto na pedagogia tradicional ( a do Bê-á-bá) as crianças são apresentadas às letras do alfabeto e aos seus sons, depois vão formando sílabas até chegar às palavras, os construtivistas suprimem os fonemas e já mostram ao aluno a palavra pronta, sempre associada a uma imagem. A ideia é que, ao ser exposto repetidamente àquela grafia que se refere a um objeto conhecido, ele acabe por assimila-la, como que por osmose. De acordo com a mais completa compilação de estudos já feita sobre o tema, consolidada pelo departamento de educação americano, os estudantes submetidos a esse método de alfabetização têm se saído pior do que os que são ensinados pelo sistema tradicional. Foi com base em tal constatação que a Inglaterra, a França e os Estados Unidos abandonaram de vez o construtivismo nessa etapa. O departamento de educação americano também o contraindicou para o ensino da matemática – isso depois de uma sucessão de maus indicadores na sala de aula.Os responsáveis pelo sistema educacional desses países chegaram a uma mesma conclusão: a de que a adoção de uma filosofia que não se traduzia em um método claro de ensino deixava os professores perdidos, deteriorando o desempenho dos alunos. Hoje, são poucos os países ainda entusiastas do construtivismo. Entre eles estão todos os de pior desempenho nas avaliações internacionais de educação. Com seis de cada dez crianças brasileiras entregues a escolas que se dizem adeptas do construtivismo, é de exigir que diretores, professores, pais e autoridades de educação entendam como se atolaram nesse pântano e tenham um plano de como sair dele.


Ademais, é possível perceber que até mesmo os professores estão perdidos, pois, nenhum deles, de fato, conseguem explicar como será os frutos colhidos por esse método, logo, percebe-se que esses professores adeptos do socioconstrutivismo parecem estar anestesiados por um vírus emburrecedor que não os deixam enxergar o que vem pela frente, i. e., como se fossem cegos no meio de um tiroteio, prontos à receber um tiro sem ao menos terem escolhido recebe-lo. Citando Wright Mills, Ronai Rocha disse:

Wright Mills afirmou certa vez que estamos perdendo nosso sentido de pertencimento. Uma das dimensões de nosso pertencimento, diz ele, é que somos parte da 'grande conversa da mente racional, a grande conversa que vem sendo levada adiante, com altos e baixos, desde que a sociedade ocidental começou, dois mil anos atrás, nas pequenas comunidades de Atenas e Jerusalém'. É um pertencimento vago demais, você dirá. Mas é o que temos, e ele acrescenta: precisamos tentar seriamente participar de conversas racionais, pois somente assim vamos manter em dia nosso sentido de pertencimento a esse algo aparentemente ainda mais vago, a 'humanidade'. É a ela, em última instância, que devemos prestar livremente lealdade. Antes dessa última instância, no entanto, temos que pertencer a nós mesmos.

Por fim, conclui-se que os nossos jovens não estão fazendo parte de conversas racionais como diz Ronai Rocha e, que, até mesmo, não estão pertencendo a elas, pois, os responsáveis por encaminhá-los a estas, estão fazendo exatamente o contrário, estão encaminhado-os para um grande abismo intelectual sem o direito de questionar ou até mesmo de retornar a realidade.

BIBLIOGRAFIA:
Apostila São Camilo – Profissionalização docente: Alfabetização e letramento UE IX, pág.24.
(http://blogipigua.blogspot.com.br/2010/05/construtivismo-um-sistema-adotado-por.html)
Rocha, Ronai. Quando Ninguém Educa – Questionando Paulo Freire, pág., 16, Editora Contexto, 2017.




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