A professora do vídeo acima – Diva Guimarães – começou a sua fala dizendo que uma suposta freira tinha dito que para ela que os negros eram preguiçosos, por esse motivo eles eram negros. Pois, para que você fosse salvo, era necessário aceitar Jesus Cristo como salvador e depois mergulhar em um rio. Aqueles que mergulhassem nesse rio ficaria branco, porém, os que não mergulhasse continuariam com a cor preta, porque são preguiçosos.
Em primeiro lugar, não se sabe de onde é que foi que essa senhora tirou essa história, pois não sabemos se é verídico ou não, porque, ela nem se quer preocupou em citar o nome da tal freira – isso é, que essa freira existe mesmo –, porque, se ela existe, no minimo mereceria um processo.
Em segundo lugar, esse é o tipo de argumento para querer difamar o cristianismo, porque, a grande verdade é que essa história contada pela dona Diva Guimarães não existe, bom, pelo menos no Cânon Judaico cristão não. Ademais, existiu grandes teólogos “Negros” que foram grandes homens de Deus – e ainda continuam sendo para a grande maioria dos estudiosos da teologia e de outras áreas – e muito inteligente por sinal, como por exemplo, o próprio Atanásio de Alexandria que venceu o discurso no primeiro concilio de Niceia em 325 d.C., o mesmo, no meio teológico é conhecido como “o anão negro”, e, é óbvio que era por causa da sua cor e estatura, pois o mesmo era de cor preta e um anão. O discurso proclamado por Atanásio no concilio era com relação a divindade de Jesus, Atanásio comprovou através dos seus estudos que o Deus Pai, o filho (Jesus) e o Espirito Santo eram pessoas distintas uma da outra, porém, ambas da mesma substância, formando assim a “Trindade”, termo, este, criado pelo teólogo Tertuliano. Esse debate foi contra os Arianos que tentavam a qualquer custo condenar Atanásio por heresia, porém, foram eles que foi considerados herege.
Em terceiro lugar, com o que diz respeito a “Salvação”, sim, o cristianismo diz sim que para uma pessoa ser salva, ela deve, não somente crer em Jesus, mas também, com a sua boca confessar que Ele é o único salvador das nossas vidas. (RM. 10.10). Entretanto, o mergulho nas águas citado pela dona Diva Guimarães é só um cumprimento da palavra que significa que você entendeu o significado do evangelho. Um exemplo disso, é o testemunho do ladrão que foi condenado a morrer na cruz, bem ao lado de Jesus – conhecido nos evangelhos apócrifos como Dimas –, pois este, antes de morrer arrependeu dos seus pecados e, por esse motivo, Jesus o perdoou, porém, não deu tempo do mesmo se batizar. (LC. 23.39-43).
Por fim, o engraçado disso tudo é que os cursos, especificamente na área de humanas, é colocado Karl Marx como se fosse uma espécie de salvador dos “excluídos”, entretanto, não é bem o que parece quando se conhece os seus escritos. Em uma carta escrita por Karl Marx a seu amigo Friedrich Engels em 1862 se referindo a Ferdinand Lassalle, um rival comunista que ele tinha, Marx escreveu: “... é agora completamente evidente para mim que, como provam a formação de seu crânio e seus cabelos, ele descende dos negros do Egito, presumindo que sua mãe ou avó não tinha cruzado com um preto. Ora, essa união de judaísmo e germanismo com uma substância negra básica deve produzir um produto peculiar. A impertinência do camarada é também característica dos pretos”. Livro: Raça e Racismo na Filosofia Moderna, pág. 238.
Engels não ficava para traz não, pois este “pensador”, também é utilizado como referência nas apostilas das universidades brasileiras - na verdade, nas universidades do ocidente - para a formação dos universitários e futuros pedagogos. Engels tinha as mesmas convicções filosóficas raciais que Marx. Em 1887, o genro de Marx – Paul Lafargue – tinha se candidatado a uma vaga em um distrito de Paris que tinha um zoológico. Engels disse que Paul tinha “um oitavo ou um décimo de sangue de preto”. Em uma carta de Abril de 1887, Engels escreveu para a esposa de Paul dizendo: “Estando em sua qualidade como preto, um grau mais próximo do resto do reino animal do que o resto de nós, ele é sem dúvida alguma o representante mais adequado desse distrito”. Isso foi relatado pelo Dr. Walter E. Willians, professor de economia da Universidade George Mason em Fairfax, EUA.
Portanto, as ideias pregada neste curso e principalmente no vídeo acima são um tanto quanto tendenciosas e racistas, pois, ofendem a “fé cristã”, falam de “racismo”, porém só o que lhes convêm, como se não existisse racismo contra pessoas brancas, como por exemplo, o caso que aconteceu em Curitiba no começo desse ano (2017) com a jovem Thauane Cordeiro. Thauane tinha câncer e estava com a cabeça raspada e utilizava um turbante, duas jovens “negras” se aproximaram de Thauane e começaram a intimidá-la dizendo que ela não podia utilizar turbante porque ela era branca e isso era “apropriação cultural”.
Falam tanto de educação libertadora, porém, o que eu só vejo é uma “educação escravizadora”!
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